domingo, 2 de novembro de 2008

Quando, na sombra espessa em que eu vivia, a calma

Quando, na sombra espessa em que eu vivia, a calma
Do teu sorriso entrou, como o sol na floresta,
Caminhei para ti, na mão tendo uma palma,
E chegaste, doirada, entre flores de giesta.

Ástrea aliança de uma alma a sonhar por outra alma!
O luar nascia triste, a tarde era funestra...
Diante de mim as mãos uniste, palma a palma:
Sorriste... Para ver o céu nada me resta!

De joelheiras de ferro, estarcão e acha d'armas,
Verde escudo em sinople, eu fui, pelos Poemas,
O cavaleiro afeito às gritas e aos alarmas.

Vi esculcas no azul, que eram anjos: as sagas
Que te vinham buscar, sumiram-se blasfemas:
Mas, Senhora, por ti fiquei cheio de chagas...


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