domingo, 23 de novembro de 2008

Minh'alma, de sonhar-te, anda perdida

FANATISMO

Minh'alma, de sonhar-te, anda perdida,
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer razão do meu viver,
Pois que tu és já tôda a minha vida!

Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!

«Tudo no mundo é frágil, tudo passa...»
Quando me dizem isto, tôda a graça
Duma bôca divina fala em mim!

E, olhos postos em ti, digo de-rastros:
«Ah! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: Principio e Fim!...»


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