de um altar que entre nuvens se atufasse,
certo o menor espanto não teria...
De onde quisereis vós que ela baixasse?
Pois dizei-me, vós todos, onde havia
de cintilar a luz daquela face?
A sua palidez tão casta e fria
era um lis, que na terra infiel não nasce.
Zelos de amor, no entanto, eu tinha, ao vê-la
mirada por vós todos, como estrela
vesperal que ninguém contempla a sos. .
Minha pobre alma, que ilusão a tua!
Há damas tristes que são como a lua:
a luz que têm é para todos nós...
Alphonsus de Guimaraens, 1870-1921
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